Uma reflexão a ler...

O texto que se segue foi escrito gentilmente por José Bento,Meritorious Service Award da IBF (Federação Internacional de Badminton) e Sócio de Mérito com Distinção da FPB (Federação Portuguesa de Badminton), um homem que fez do Badminton uma forma de vida e que todos os dias através das mais diversas iniciativas dá  seu melhor para que o "nosso" Badminton caminhe em frente. 50 anos de Badminton, que sofreu inevitáveis mudanças do tempo,no entanto tudo passou mas esta paixão nunca passa, assim podemos descrever José Bento, um homem que deveremos todos ouvir ou neste caso ler.

"O porquê desta paixão pelo Badminton e o que poderá cativar novos atletas a "apaixonarem-se" por esta Modalidade"

"O tema que me foi proposto pelo CDCE – Clube Desportivo da Costa do Estoril, dirigido pelo Prof. António Casimiro Fonseca, não é nada fácil.

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Mas como começou essa “paixão” ?

Perguntarão alguns e nomeadamente os jovens praticantes do Badminton especialmente os que na sua escola têm a sorte de ter um professor que tenha algum carinho por esta modalidade desportiva.

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De facto, em 12/12/1959, com 13 anos de idade, eu era aluno da Escola Comercial Veiga Beirão, em Lisboa e no lugar do Prof. António Casimiro tinha o Prof. Álvaro Vilar Moreira que para além de ser um excelente Professor de Educação Física também jogava Badminton na Associação Desportiva de Oeiras.

Ele criou nessa Escola, tal como o Prof. António Casimiro, um núcleo de Badminton e começou aí a entusiasmar-me na prática desta tão bela modalidade.

As suas qualidades de excelente formador, os conhecimentos que tinha sobre o Badminton e o entusiasmo como me ensinava os principais batimentos levou-me a “apaixonar” para sempre a esta modalidade.

Mas essa “paixão” não foi fácil de manter durante tantos anos, como devem de calcular.

Qualquer “paixão” vai sofrendo por vezes alguns contratempos e esta minha pelo Badminton também passou por esses momentos.

E aí as qualidades do Prof. Vilar Moreira e certamente as do Prof. António Casimiro também, são fundamentais para ajudar a ultrapassarem essas dificuldades mantendo-os assim “agarrados” ao Badminton para toda a vida.

É preciso cativar os praticantes com muita competição interna, demonstrações do jogo, levá-los a ver competições oficiais com jogadores de nível superior, mostrar-lhes fotografias e filmes, livros com exemplos práticos, enfim, tudo o que esteja ligado ao Badminton, como por exemplo... aceder ao meu blogue que está em www.josebento.com.

Para que esses jovens possam optar pelo Badminton de entre outras actividades desportivas,(...), torna-se imprescindível que eles sejam sempre bem acompanhados e aconselhados pelos seus professores.

A minha experiência diz-me e está comprovado que quem começa a jogar Badminton fica com esse “bichinho” para toda a vida.

Considero o Badminton relativamente fácil de se iniciar mas bastante difícil de conseguir progredir e em especial para quem quer atingir um nível elevado.

Aos atletas é-lhes exigido muita perseverança, esforço, concentração elevada mas especialmente muitas horas de trabalho intenso e duro.

Para os professores e treinadores de Badminton aconselho-os a saber compreender os atletas e ajudá-los a ultrapassar as suas dificuldades na evolução pretendida.

Para ambos, atletas e técnicos, é também fundamental terem uma formação permanente.

Durante esta minha vida de 50 Anos de Badminton mudaram as raquetas (...), mudaram as regras e as pontuações (...), a parte física é cada vez mais exigente, as técnicas são diferentes e tacticamente joga-se de outras formas.

Tudo está em permanente mudança e o Badminton também.

Mas há conceitos, características e qualidades que se devem sempre manter, nos praticantes, nos treinadores e nos dirigentes: 

Humildade, bom senso, compreensão, manter o diálogo, abertura às ideias dos outros e o saber ouvir são alguns dos requisitos necessários a ter para que fiquemos “presos” a qualquer ideal e ao Badminton em particular.

Vamos tentando manter essas qualidades para continuarmos “apaixonados” pelo NOSSO Badminton !

É o conselho do José Bento."